Býleistr, Angrboda

Dedicada ao trabalho, séria e perspicaz. Talvez precise sair e se divertir um pouco, mas não consegue desligar do trabalho. Uma das coisas que talvez tenha ajudado em casamento, pois assim como ela, seu marido também tem essa mania de se focar mais no emprego do que na família, uma das razões de nunca terem pensado em filhos, apesar da maternidade estar bem presente na mente de Angrboda. Sua esperança são os adolescentes rebeldes para livra-lá desse fardo.

Seus pensamentos são rápidos e sua língua sincera por isso não consegue manter um núcleo de amizade estável ou completo. São os pequenos nuances, ela diria ao tentar explicar o motivo de não conseguir estabelecer boas relações, você consegue entender as pessoas pela forma que elas se movem e não pelas palavras.

Mas como todo ser humano ela possui a necessidade de manter contato com outros de sua espécie, quando não alcança tal objetivo usa o torpor de drogas como cigarros, cocaína e morfina para aliviar sua necessidade. Um segredo guardado com tantas camadas de mentiras e preocupações que apenas entrando em sua mente para descobrir.

Ao contrário dos bruxos convencionais, aqueles que nascem no arquipélago Islandês possuem uma tradição mais tradicional, não abandonando os costumes dos antigos Bruxos que andaram por suas terras. O nascimento de um novo bruxo é anunciado por uma Völva, os pais são localizados e movidos para Vølurheim até que a criança nasça, onde testes são realizados para comprovar se a criança possui predisposição para alguma habilidade, ou certo tipo de feitiço. Poucas crianças são aceitas em Vølurheim, e hoje acredita-se que todos os "abortos" da ilha sejam bruxos que tiveram o ensino recusado.

Desde seu primeiro segundo de vida, Angrboda teve sua vida julgada e programada para que quando completasse nove anos deixasse sua casa para passar outros nove anos (um para cada reino da Yggdrasil) em sua nova escola. Os pais se mantinham distantes, mas os vilões* a tratavam com respeito e amor, pois não havia distinção entre bruxos e trouxas naquela região. Cresceu nas ruas, mantendo interesse nas histórias das pessoas que moravam por ali e sonhando com algo além das águas frias do oceano.

Aos nove, junto com outros três bruxos, passou pelos grandiosos portões que ficava escondido dentro de um bosque denso. Vølurheim, para os que desconhecem, não é um castelo grandioso como Hogwarts, se trata de pequenos edifícios que simulam uma cidade Escandinávia do século 10. Não há quadros, livros, ou teoremas. Tudo é ensinado na prática e os erros são repreendidos com severidade, inclusive habilidades como Oclumência e Legilimência são matérias obrigatórias no primeiro ano e apenas aqueles que demonstrarem total interesse e afinco consegue mantê-la em sua grade.

Angrboda orgulha-se de ser a primeira mulher de sua escola a aprender Legilimência com fluidez, muitos outros mal conseguiram desenvolver o nível mais simples da habilidade. Como presente de seu exito escolar, conseguiu um estágio em no ministério e um ovo de dragão, dado de presente por um de seus professores, um segredo dividido entre os dois.

Os dias no ministério passavam lentamente e sua vontade de sair daquele amontoado de ilhas apenas aumentava. Usou seus contatos  - e um pouco de chantagem - para que conseguisse forjar um currículo trouxa com base em suas notas e ingressassem em uma faculdade trouxa. Terminou-a com honras, em partes sua habilidade a ajudou em algumas matérias; E não demorou muito para continuar seus estudos e se tornar uma das professoras mais novas de Oxford. Conheceu um bom rapaz em seu emprego e em pouco tempo estavam trocando alianças com apenas Níðhöggr, seu dragão, de testemunha.

Aulas não pagam todas as contas, infelizmente, e teve de migrar para assuntos não convencionais. Seus artigos em revistas científicas a ajudaram conseguir seu primeiro emprego de consultora para o MI5, depois disso foi apenas questão de tempo para que migrasse para o MI6 e ajudasse a Inteligência em casos que envolvia a magia (Explicando o envolvimento com o quartel dos Aurores) ou casos com fanáticos religiosos.

Não foi com grande surpresa que a proposta de emprego de Hogwarts veio parar em seu colo e por pouco não aceitou.

* Pessoas que moram em vilas;